sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

TERAPIA - CROCHÊ






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domingo, 12 de fevereiro de 2012

APOSTILA - EDUCAÇÃO FÍSICA (Definições, História e Termos da Ed. Física)

ÍNDICE

I- Educação Física
A- Definições

B- Evolução da Educação física no Brasil
Importância, Evolução e Regulamentação
B.1. Formação do Profissional de Educação Física
B.1.1. Formação no Brasil

C- Outros Termos da Educação Física
C.1. Educação Física e Desporto
C.2. Educação Física e Esporte
C.3. Educação e Atividade Física
C.3.1. Atividade Física
C.4. Educaão Física e Exercício Físico



I - CONCEITOS E DEFINIÇÕES.

• A Educação física é uma ciência que ensina as pessoas a educar, aprimorar e melhorar os seus movimentos.

• Educação Física é um termo usado para designar tanto o conjunto de atividades físicas não-competitivas e esportes com fins recreativos quanto a ciência que fundamenta a correta prática destas atividades, resultado de uma série de pesquisas e procedimentos estabelecidos.

• Em muitos países do mundo ocidental, incluindo o Brasil e Portugal, a Educação Física também é um componente curricular no ensino fundamental e médio (ensinos básico e secundário em Portugal), destinada a transmissão e reelaboração das culturas corporais.

Além do bem-estar físico, a Educação Física proporciona também bem-estar psíquico, desenvolvendo sua inteligência, caráter e personalidade, preparando-nos para uma melhor convivência social, política, biológica e ecológica.


II – HISTÓRIA

A - A EDUCAÇÃO FÍSICA NO BRASIL

Os índios brasileiros praticavam Educação Física de maneira natural quando tinham que caçar, pescar, remar, correr e lutar. Eram excelentes nadadores e canoeiros.
Os negros, quando vieram para o Brasil, trouxeram consigo suas práticas naturais que deram origem à capoeira.
Até o final do século passado a Educação Física era muito diferente da que conhecemos hoje em dia. Os soldados eram treinados através de exercícios naturais como correr, saltar, arremessar e lutar.
Em 1893 a Associação Cristã de Moços (ACM) se estabeleceu no Brasil e começou a incentivar a prática de ginástica e desportos como o basquete e o vôlei.
Em 1907 uma missão militar francesa veio para o Brasil, trazendo consigo o método francês de ginástica, que foi aplicado na Força Publica do Estado de São Paulo. Daí surgiu a Escola de Educação Física da Polícia Militar, a mais antiga do País.
Assim, em 1920, o Brasil pode enviara a primeira equipe de atletas para os Jogos Olímpicos.
A necessidade da Educação Física foi se tornado mais clara, até que em 1931 tornou-se obrigatória nas escolas brasileiras e os estudantes passaram a ter condições de receber um melhor preparo.

Os índios - No Brasil colônia - Os primeiros habitantes, os índios, deram pouca contribuição a não ser os movimentos rústicos naturais tais como nadar, correr atrás da caça, lançar, e o arco e flecha. Na suas tradições incluem-se as danças, cada uma com significado diferente: homenageando o sol, a lua, os Deuses da guerra e da paz, os casamentos etc. Entre os jogos incluem-se as lutas, a peteca, a corrida de troncos entre outras que não foram absorvidas pelos colonizadores. Sabe-se que os índios não eram muito fortes e não se adaptavam ao trabalho escravo.

Os negros e a capoeira - Sabe-se que vieram para o Brasil para o trabalho escravo e as fugas para os Quilombos os obrigava a lutar sem armas contra os capitães-do-mato, homens a mando dos senhores de engenho que entravam mato a dentro para recapturar os escravos. Com o instinto natural, os negros descobriram ser o próprio corpo uma arma poderosa e o elemento surpresa. A inspiração veio da observação da briga dos animais e das raízes culturais africanas. O nome capoeira veio do mato onde se entrincheiravam para treinar.

"Um estranho jogo de corpo dos escravos desferindo coices e marradas, como se fossem verdadeiros animais indomáveis". São algumas das citações de capitães-do-mato e comandantes de expedições descritas nos poucos alfarrábios que restaram. Rui Barbosa mandou queimar tudo relacionado à escravidão.

Brasil Império - Em 1851 a lei de nº 30 inclui a ginástica nos currículos escolares. Embora Rui Barbosa não quisesse que o povo soubesse da história dos negros, preconizava a obrigatoriedade da Educação Física nas escolas primárias de secundárias praticada 4 vezes por semana durante 30 minutos.

Brasil República - Essa foi uma época onde começou a profissionalização da Educação Física.

As políticas públicas - Até os anos 60 o processo ficou limitado ao desenvolvimento das estruturas organizacionais e administrativas específicas tais como: Divisão de Educação Física e o Conselho Nacional de Desportos. Os anos 70, marcado pela ditadura militar, a Educação Física era usada, não para fins educativos, mas de propaganda do governo sendo todos os ramos e níveis de ensino voltada para os esportes de alto rendimento.

Nos anos 80 a Educação Física vive uma crise existencial à procura de propósitos voltados à sociedade. No esporte de alto rendimento a mudança nas estruturas de poder e os incentivos fiscais deram origem aos patrocínios e empresas podendo contratar atletas funcionários fazendo surgir uma boa geração de campeões das equipes Atlântica Boa Vista, Bradesco, Pirelli entre outras.

Nos anos 90 o esporte passa a ser visto como meio de promoção à saúde acessível a todos manifestada de três formas: esporte educação, esporte participação e esporte performance.

A Educação Física finalmente regulamentada é de fato e de direito uma profissão a qual compete mediar e conduzir todo o processo. Os passos da profissão:
• 1946 - Fundada a Federação Brasileira de Professores de Educação Física.
• 1950 a 1979 - Andou meio esquecida com poucos e infrutíferos movimentos.
• 1984 - Apresentado 1º projeto de lei visando a regulamentação da profissão.
● 1998 - Finalmente a 1º de setembro assinada a lei 9696 regulamentando a profissão com todos os avanços sociais fruto de muitas discussões de base e segmentos interessados.

B - Formação
O profissional da Educação Física necessita de um curso superior, durante o qual estudará os aspectos fisiológicos, bioquímicos, genéticos, antropométricos e neuromotores das atividades físicas como também suas dimensões sociais e psicomotoras.
Deve ser capaz de orientar jogos e atividades lúdicas corretamente, cuidando da postura correta dos participantes, do respeito às normas do jogo/atividade, de assegurar o interesse de todos e do aproveitamento físico por parte dos jogadores/participantes.

B.1. Formação no Brasil
Em princípio os profissionais de Educação Física tinham origem militar, mas atualmente existem escolas civis com preparação tão boa quanto institutos militares.
No Brasil, os profissionais da Educação Física têm no Conselho Federal de Educação Física (CONFEF), o orgão principal de organização, normatização e apoio das atividades pertinentes a sua área de atuação.
Os Conselhos Regionais de Educação Física (CREFs) são subdivisões do CONFEF nos estados e têm a função de orientar, disciplinar e fiscalizar o exercício das atividades próprias dos profissionais de Educação Física. Atualmente são treze CREFs, abrangendo todos os estados brasileiros.
Uma pessoa com bacharel em Educação Física caberá a atuação em clubes, academias, centros esportivos, hospitais, empresas, planos de saúde, prefeituras, acampamentos, condomínios e qualquer espaço de realização de atividades físicas com exceção da escola de educação básica.
A escola de educação básica é atendida por aqueles que tem o grau ou título de Licenciatura em Educação Física.

C - OUTROS TERMOS DA EDUCAÇÃO FÍSICA

C.1- Educação Física e Desporto

A grande diferença entre educação física e desporto encontra-se no fato de no Desporto termos a oportunidade de praticar apenas uma modalidade, onde só os melhores são selecionados e é preciso grande dedicação e gosto para se prosseguir. Em educação física, disciplina escolar, participam não só os melhores mas também os menos habilidosos em várias modalidades para poderem melhorar os conhecimentos.

C.2– Educação Física e Esporte

A grande diferença entre educação física e esporte é que enquanto a primeira diz respeito a uma disciplina escolar e a um campo acadêmico esporte refere-se as diversas modalidades olímpicas. Esta diferença é muito importante pois existe muitas pessoas que consideram estas duas palavras sinônimas.

C.3 - Educação física e Atividade Física

A diferença entre a Educação física e a Atividade física é que a atividade física é qualquer movimento do corpo, produzido pelo músculo esquelético que resulta em um aumento do gasto energético. Atividade física se refere ao gasto calórico promovido por uma ação superior físico, como um deslocamento, um movimento físico qualquer. É um conceito cartesiano e linear que aparta e fragmenta a motricidade humana em mero movimento. Já a Educação física é uma ação planejada e estruturada, que pode utilizar-se de vários elementos como o esporte, a dança, a luta, o jogo, a brincadeira e a atividade física. A Educação Física nasce da maneira como a conhecemos hoje com o advento da modernidade, da sociedade urbana e industrial e a necessidade de preparar e educar os corpos para a produção nas fábricas, para a apropriação e disseminação de hábitos higiênicos e de comportamentos saudáveis. Também para melhorar as condições sanitárias.

C.3.1. Atividade Física

Em Educação Física e nos Desportos, atividade física é definida como “Qualquer movimento corporal, produzido pelos músculos esqueléticos, que resulte em gasto energético maior que os níveis de repouso.”

“Qualquer esforço muscular pré-determinado, destinado a executar uma tarefa, seja ela um ‘piscar dos olhos’, um deslocamento dos pés, e até um movimento complexo de finta em alguma competição esportiva.”

Modernamente, o termo refere-se em especial aos exercícios executados com o fim de manter a saúde física, mental e espiritual, em outras palavras a Boa Forma.

• Atividade Física REGULAR - controlada por profissionais da Educação Física, está associada diretamente a melhorias da saúde e condições físicas dos praticantes. A redução dos níveis de ansiedade, stress um sistema imunológico fortalecido, tornando o organismo menos sujeito a doenças como o câncer e causar ao seu tratamento redução das náuseas e a dor.
Sendo que a inatividade física associada a dietas inadequadas, ao tabagismo ao uso do álcool e outras drogas são determinantes na ocorrência e progressão de doenças crônicas que trazem vários prejuízos ao ser humano, como, por exemplo, redução na qualidade de vida e morte prematura nas sociedades contemporâneas, principalmente nos países industrializados.

• Atividade Física ADAPTADA – por vezes, torna-se algumas de necessárias aos sujeitos que apresentem alguma contradições médicas ou dificuldades físicas momentâneas/definitivas, mas tendo em conta o diagnóstico.

C.4. Educação Física e Exercício Físico

Exercício físico é qualquer atividade física que mantém ou aumenta a aptidão física em geral e tem o objetivo de alcançar a saúde e também a recreação. A razão da prática de exercícios inclui: o reforço da musculatura e do sistema cardiovascular; o aperfeiçoamento das habilidades atléticas; a perda de peso e/ou a manutenção de alguma parte do corpo. Para muitos médicos e especialistas, exercícios físicos realizados de forma regular ou frequente estimulam o sistema imunológico, ajudam a prevenir doenças (como cardiopatia, doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2, etc.) moderam o colesterol, ajudam a prevenir a obesidade, e outras coisas.[1][2] Além disso, melhoram a saúde mental e ajudam a prevenir a depressão.[3] Todo exercício físico deve ser sempre realizado sob a orientação de um profissional ou centro esportivo qualificado, pois a prática de esportes somente nos permite atingir os objetivos esperados quando é devidamente orientada.


Outras definições
Os exercícios físicos também podem ser encarados como atividades recreativas, realizados em momentos de lazer ou de tempo livre. É também a ação ou série de ações corporais com o fim de desenvolver a aptidão física, prescritas para prática regular ou repetida como meio de ganhar força, destreza, agilidade ou competência geral em algum campo de atividade, habilidades motoras ou reabilitação orgânico-funcional, definido de acordo com diagnóstico de necessidade ou carências específicas de seus praticantes, em contextos sociais diferenciados.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Tema: O CORPO HUMANO

ÍNDICE
II- O CORPO HUMANO
A - UM POUCO DE HISTÓRIA
A.1 - Conhecimentos sobre o Corpo
B - SISTEMA ESQUELÉTICO
C - SISTEMA ARTICULAR
D - SISTEMA MUSCULAR
III - IMAGEM CORPORAL
AUTOCONCEITO



II - O CORPO HUMANO

A – Um Pouco de História

Alguns Filósofos se destacaram como:

• Platão que veio dissociar o “corpo da alma”.

• Aristóteles que via o homem como certa quantidade de matéria – o corpo, moldada numa forma – a alma.

• Descartes que reduz o corpo a noção de objeto, dizendo que está todo segmentado, corpo e alma separados.

• Essa idéia dicotomizando corpo e alma persistiu até os nossos dias, quando Rousseau e Nietzche vêm abalar a noção de corpo.


Após estudos dos Filósofos, os neurologistas primeiramente e depois os Psiquiatras e Psicólogos, começaram a estudar o corpo por necessidade de compreensão do funcionamento do cérebro (estruturas) e para clarificação de fatores patológicos, ou seja, compreenderem a evolução da inteligência e das perturbações.
Nesta evolução corporal, no século XIX, Bérgson começa a unir o corpo e a alma afirmando que “o cérebro imprime ao corpo esses movimentos e as atitudes é que desempenham o que o espírito pensa” (BÉRGSON, apud BUENO, 1998, p.21).


A.1 - Conhecimentos sobre o Corpo

O corpo é compreendido não como um amontoado de partes e aparelhos, mas sim como um organismo integrado, como um corpo vivo, que interage com o meio físico e cultural, que sente dor, prazer, alegria, medo etc.
Para se conhecer o corpo, abordam-se os conhecimentos anatômicos, fisiológicos, biomecânicos e bioquímicos que capacitam a análise crítica dos programas de atividade física e o estabelecimento de critérios para julgamento, escolha e realização de atividades corporais saudáveis. Esses conhecimentos são tratados de maneira simplificada, abordando-se apenas os aspectos básicos.


Os conhecimentos de anatomia referem-se principalmente a estrutura muscular e óssea e são abordados sob o enfoque da percepção do próprio corpo, sentindo e compreendendo, por exemplo, os ossos e os músculos envolvidos nos diferentes movimentos e posições, em situações de relaxamento e tensão.

Os conhecimentos de fisiologia são aqueles básicos para compreender as alterações que ocorrem durante as atividades físicas (freqüência cardíaca, queima de calorias, perda de água e sais minerais) e aquelas que ocorrem a longo prazo (melhora da condição cárdio-respiratória, aumento da massa muscular, da força e da flexibilidade e diminuição de tecido adiposo).

A bioquímica abordar conteúdos que subsidiam a fisiologia: alguns processos metabólicos de produção de energia, eliminação e reposição de nutrientes básicos. Os conhecimentos de biomecânica são relacionados a anatomia e contemplam, principalmente, a adequação dos hábitos gestuais e posturais, como, por exemplo, levantar um peso e equilibrar objetos.

Estes conteúdos são abordados principalmente a partir da percepção do próprio corpo, isto é, o aluno pode estimulado por suas sensações, e de posse de informações conceituais sistematizadas, analisar e compreender as alterações que ocorrem em seu corpo durante e depois de fazer atividades. Poder ser feitas análises sobre alterações a curto, médio ou longo prazo. Também sob a Óptica da percepção do próprio corpo os alunos podem analisar seus movimentos no tempo e no espaço: como os seus deslocamentos, qual é a velocidade de seus movimentos etc.
Do ponto de vista conceitual e procedimental, podem ser observadas, praticadas e apreciadas dentro dos esportes, jogos, lutas e danças. Também fazem parte deste bloco os conhecimentos sobre os hábitos posturais e atitudes corporais. Observar, analisar, compreender essas atitudes corporais são atividades que podem ser desenvolvidas juntamente com projetos de História, Geografia e Pluralidade Cultural. Alem da análise dos diferentes hábitos, pode-se incluir a questão da postura dos alunos na escola: as posturas mais adequadas para fazer determinadas tarefas e para diferentes situações.


B - SISTEMA ESQUELÉTICO

A sustentação e a movimentação do corpo humano, está a cargo do sistema esquelético (esqueleto).
Os sistemas esqueléticos, articular e muscular trabalham em conjunto, coordenados pelo sistema nervoso.
Ossos e cartilagens formam o esqueleto. Este por sua vez, fornecem proteção aos órgãos internos (coração, pulmões...) e ponto de apoio para a fixação dos músculos. Essas peças formam um sistema de alavancas que se movem sob a ação dos músculos.
O esqueleto ósseo, além de sustentação corporal, apresenta duas importantes funções:

● Reservas de sais minerais, principalmente de cálcio e fósforo, que são fundamentais para o funcionamento das células e devem estar presentes no sangue. Determinados ossos ainda possuem medula amarela (ou tutano). Essa medula é constituída principalmente por células adiposas, que acumulam gorduras como material de reserva.

● No interior de alguns ossos (como o crânio, coluna, esterno e as cabeças dos ossos do braço e coxa), há cavidades preenchidas por um tecido macio, a medula óssea vermelha, onde são produzidas as células do sangue: hemácias, leucócitos e plaquetas.

Os ossos começam a se formar a partir do segundo mês da vida intra-uterina. Entre os 18 e 20 anos, essas regiões cartilaginosas se ossificam e o crescimento cessa. Nos adultos, há cartilagens em locais onde a flexibilidade é importante (na ponta do nariz, orelha, laringe, parede da traquéia e extremidades dos ossos que se articulam).
O Corpo humano divide-se em 3 partes:
1. Cabeça 3. Tronco: que inclui o pescoço.
2. Membros:
• Superior: Ombros, braços, cotovelos, ante braços, punhos e mãos
• Inferior: Quadril, coxas, joelhos, pernas, tornozelos e pés

C. Sistema Articular

Para constituir o esqueleto, os ossos unem-se uns aos outros. Essa união não tem apenas a função de mantê-los em contato, mas também de permitir a mobilidade do corpo humano. O termo usado para designar a união entre os ossos que formam o esqueleto é a articulação. Os ossos de uma articulação são mantidos em seus devidos lugares por meio de cordões resistentes, “os ligamentos”.
As articulações podem ser:

• Móveis ou de Movimento Livre ou Sinoviais – permitem a realização de movimentos extensos, são muito flexíveis;

• Semi-móveis ou de Movimento Parcial – só permitem movimentos limitados. Ex; Coluna Vertebral;

• Imóveis – são fixas e não permitem nenhum movimento. Ex:Articulações do crânio.

O sistema de sustentação dos animais é composto pelo esqueleto, pelos músculos e pelas articulações. Suas principais funções são:


a- estrutura do corpo,
b- apoio para os músculos,

c- sustentação,
d- proteção,

e- movimentação,
f- produção das células de sangue,

g- armazenar íons potássio,
h- cálcio

i- fosfato.


D- Sistema Muscular

Os ossos estão unidos uns aos outros por ligamentos e articulações. Para se mexer, precisam ser movidos pelos músculos, que, além de possibilitar o movimento, mantêm as peças ósseas unidas, determinando a posição e a postura do esqueleto.
Ao conjunto de músculos damos o nome de sistema muscular.
Existem músculos chamados Músculos Voluntários que recebem este nome porque se movimentam conforme nossa vontade e os Músculos Involuntários que se movimentam independente de nossa vontade.
Os músculos são órgãos constituídos principalmente por tecido muscular, especializado em contrair e realizar movimentos, geralmente em resposta a um estímulo nervoso. Os músculos podem ser formados por três tipos básicos de tecido muscular:

• Tecido Muscular Estriado Esquelético
• Tecido Muscular liso
• Tecido muscular Estriado Cardíaco

Executamos movimentos graças às propriedades dos músculos.
Os músculos podem estender-se e contrair-se. Essa propriedade chama-se ELASTICIDADE. A maior ou menor facilidade de tocar chão deve-se, neste caso, à elasticidade muscular, que varia de pessoa para pessoa.
Os músculos levam um certo tempo para contrair-se e estender-se. A rapidez de contração e extensão dos músculos é chamada VELOCIDADE MUSCULAR. Todos nós corremos, saltamos, reagimos com diferentes velocidades. Também a velocidade muscular é diferente de pessoa para pessoa.
Os músculos podem, ainda, aplicar um esforço em determinada direção. Essa propriedade é chamada FORÇA. A facilidade ou dificuldade de executar exercícios na barra, levantar pesos, puxar ou empurrar objetos, por exemplo, deve-se à diferença de força entre as pessoas.
O tempo durante o qual os músculos podem permanecer aplicando essa força, determinam a sua RESISTÊNCIA ao esforço.
A educação Física procura proporcionar elasticidade, velocidade, força e resistência adequadas à idade de quem a pratica, isto é, um bom TRABALHO MUSCULAR.




D - Imagem corporal


A imagem corporal é o conceito que cada pessoa tem de seu corpo e suas partes. Para que este conceito se forme é necessário o conhecimento tanto das estruturas anatômicas e relações entre as parte do corpo, bem como dos movimentos e funções de cada parte do corpo, além do reconhecimento da posição do corpo no espaço e em relação aos objetos.
A imagem corporal é como o corpo se apresenta para nós, ou seja, como vemos nós mesmos. Essa imagem será influenciada pelo meio em que vivemos e pelas situações que enfrentamos.
A boa formação da imagem corporal é ponto importante para aquisição de outras qualidades psicomotoras e principalmente para o auto-conceito.
Para Schilder (1994), a imagem corporal é a figura de nosso próprio corpo que formamos em nossa mente, ou seja, o modo pelo qual o corpo se nos apresenta.
Segundo Thompson (1996), o conceito de imagem corporal envolve três componentes:

• Perceptivo, que se relaciona com a precisão da percepção da própria aparência física, envolvendo uma estimativa do tamanho corporal e do peso;
• Subjetivo, que envolve aspectos como satisfação com a aparência, o nível de preocupação e ansiedade a ela associada;
• Comportamental, que focaliza as situações evitadas pelo indivíduo por experimentar desconforto associado à aparência corporal.

Para McNamara (2002), crenças culturais determinam normas sociais na relação com o corpo humano. Práticas de embelezamento, manipulação e mutilação, fazem do corpo um terreno de significados simbólicos. Mudanças artificiais no formato do corpo, tamanho e aparência são comuns em todas as sociedades e têm uma importante função social. Elas comunicam a informação sobre a posição social do indivíduo e, muitas vezes, demonstram um sinal de mudança em seu status social.
De acordo com Adams (1977), percebe-se que o mundo social, claramente, discrimina os indivíduos não atraentes, numa série de situações cotidianas importantes. Pessoas julgadas pelos padrões vigentes como atraentes parecem receber mais suporte e encorajamento no desenvolvimento de repertórios cognitivos socialmente seguros e competentes, assim, indivíduos tidos como não atraentes, estão mais sujeitos a encontrar ambientes sociais que variam do não-responsivo ao rejeitador e que desencorajam o desenvolvimento de habilidades sociais e de um auto conceito favorável.
Segundo Stice (2002), sociólogos têm proposto dois processos que promovem atitudes e comportamentos: reforço social e a modelagem. O reforço social refere-se ao processo por meio do qual as pessoas internalizam atitudes e comportam-se mediante aprovação dos outros. Como exemplo, um adolescente pode querer seguir uma dieta caso perceba que a mídia glorifica o corpo esbelto e magro e critica as pessoas com excesso de peso.
A modelagem refere-se ao processo em que o individuo observa comportamentos de outros e os imita. A sociedade pode ser um modelo de preocupações com as medidas corporais, dietas excessivas, comportamentos não-saudáveis de controle de peso e, em última análise, compulsões alimentares”.


Fonte: Ambulatório de Bulimia e Transtornos Alimentares do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). São Paulo. SP. Brasil.

Autoconceito

Podemos entender autoconceito como sendo a forma de como nos vemos e a partir daí como nos valorizamos ou relacionamos.
O autoconceito é formado com base em elementos de vários campos da existência, a saber:

a imagem corporal, a sensibilidade cinestésica e tátil, a Cultura, a Religião, e outros.

O comportamento relativamente ao conceito que nós temos de nós próprios é variado Podemos realizar actividades de:


1. Autopercepção
2. Auto-avaliação
3. Autocomunicação
4. Automotivação
5. Autocontrolo



Segundo Burns (1986), o autoconceito é composto por imagens acerca do que nós próprios pensamos que somos, o que pensamos que conseguimos realizar e o que pensamos que os outros pensam de nós e também de como gostaríamos de ser.
Para este autor, o autoconceito consiste em todas as maneiras de como uma pessoa pensa que é nos seus julgamentos, nas avaliações e tendências de comportamento. Isto leva a que o autoconceito seja analisado como um conjunto de várias atitudes do eu e únicas de cada pessoa. O autoconceito tem um papel extremamente importante na medida em que tenta explicar o comportamento, ou seja, porque consegue manter uma certa consistência nesse mesmo comportamento, explicita a interpretação da experiência e fornece um certo grau de previsão (Burns,1986). Estein (1973) afirma mesmo que "para os fenomenologistas, o autoconceito é o constructo central da Psicologia, proporcionando a única perspectiva através da qual o comportamento humano pode ser compreendido" De um ponto de vista histórico, a investigação no domínio do autoconceito foi, na maioria das vezes, levada a efeito por filósofos, teólogos ou outros profissionais não directamente ligados à Psicologia, sendo apenas por volta dos anos quarenta que aquele conceito começa a suscitar algum interesse para o estudo científico nos domínios da Psicologia e da Sociologia (Sherif,1972).
De fato, tal conceito quase desaparecera do contexto da Psicologia no período compreendido entre 1890 a 1940, período que coincide com a vigência do primeiro momento de cientificação da Psicologia (finais do séc. XIX, princípios do séc. XX) e com o advento do segundo momento da cientificação da referida disciplina, representados, respectivamente, por Wundt e Watson (Burns,1982). É neste contexto, dominado por concepções monolíticas, que a perspectiva de William James acerca do Eu vem ganhar pertinência (ibidem).