quarta-feira, 19 de setembro de 2012

APOSTILA TEMA --- SAÚDE

SAÚDE INTRODUÇÃO O ensino de saúde tem sido um desafio para a educação, no que se refere à possibilidade de garantir uma aprendizagem efetiva e transformadora de atitudes e hábitos de vida. As experiências mostram que transmitir informações a respeito do funcionamento do corpo e descrição das características das doenças, bem como um elenco de hábitos de higiene, não é suficiente para que os alunos desenvolvam atitudes de vida saudável. Entende-se Educação para a Saúde como fator de promoção e proteção à saúde e estratégia para a conquista dos direitos de cidadania. Sua inclusão no currículo responde a uma forte demanda social, num contexto em que a tradução da proposta constitucional em prática requer o desenvolvimento da consciência sanitária da população e dos governantes para que o direito à saúde seja encarado como prioridade. A escola, sozinha, não levará os alunos a adquirirem saúde. Pode e deve, entretanto, fornecer elementos que os capacitem para uma vida saudável. Não se pode compreender ou transformar a situação de saúde de um indivíduo ou de uma coletividade sem levar em conta que ela é produzida nas relações com o meio físico, social e cultural. Intrincados mecanismos determinam as condições de vida das pessoas e a maneira como nascem, vivem e morrem, bem como suas vivências em saúde e doença. Entre os inúmeros fatores determinantes da condição de saúde, incluem-se: os condicionantes biológicos (idade, sexo, características pessoais eventualmente determinadas pela herança genética), o meio físico (que abrange condições geográficas, características da ocupação humana, fontes de água para consumo, disponibilidade e qualidade dos alimentos, condições de habitação), assim como o meio socioeconômico e cultural, que expressa os níveis de ocupação e renda, o acesso à educação formal e ao lazer, os graus de liberdade, hábitos e formas de relacionamento interpessoal, a possibilidade de acesso aos serviços voltados para a promoção e recuperação da saúde e a qualidade da atenção por eles prestada. CONCEITO A “Organização Mundial de Saúde” (OMS) define a saúde “um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não somente ausência de afecções e enfermidades”. A saúde passou, então, a ser mais um valor da comunidade que o indivíduo. É um direito fundamental da pessoa humana, que deve ser assegurado sem distinção de raça, de religião, ideologia política ou condição sócio-económica (Almeida Gouveia). A saúde não é um bem individual, de vez que nenhum indivíduo sentirá es se bem quando, em seu derredor, sofrem muitos e a comunidade reflita, em seu funcionamento, o sofrimento de muitos. A saúde é, portanto, um valor coletivo, um bem de todos, devendo cada um gozá-la individualmente, sem prejuízo de outrem e, solidariamente, com todos. DEFINIÇÕES Um grande avanço no sentido da real compreensão do ser humano, em suas questões de saúde e doença, veio junto com a ampliação do critério de Saúde. Há pouco tempo chamava-se de Saúde a ausência de sintomas desagradáveis no aspecto físico, tais como dores, limitações varias, sensações, etc. Mais modernamente, ampliou-se essa definição para a também ausência de sintomas desagradáveis a nível psíquico, como ansiedade, raiva, tristeza, etc. Para a Medicina oficial, apenas do corpo físico, o correto, o foco, é fazer desaparecerem, da maneira mais rápida possível, os sintomas e os sinais desagradáveis do corpo do paciente pelo uso de medicamentos químicos (como os corticosteróides, os antibióticos, os antinflamatórios, etc. Para a Medicina Psíquica o importante é que o paciente liberte-se, ou melhore da ansiedade, da tristeza, da mágoa, da raiva, etc., atualmente com o uso freqüente de substâncias químicas. Ambas as maneiras de encarar e tratar os doentes, dentro do seu ponto de vista, estão corretas, e são muitíssimo úteis, quando não imprescindíveis. A ausência de sinais ou sintomas físicos ou psíquicos, ou a não percepção deles, não implica em Saúde, pelos critérios transpessoais. 1.É um estado caracterizado pela integridade anatômica, fisiológica e psicológica; 2.É uma condição em que o indivíduo ou grupo de indivíduos é capaz de realizar suas aspirações, satisfazer suas necessidades e mudar ou enfrentar o ambiente. 3.É a capacidade de desempenhar pessoalmente funções familiares, profissionais e sociais; 4.É um recurso pra a vida diária, e não um objetivo de vida; 5.É um conceito positivo, enfatizando recursos sociais e pessoais, tanto quanto as aptidões físicas. 6.É um estado de equilíbrio entre os seres humanos e o meio físico, biológico e social, compatível com plena atividade funcional; 7.Pela habilidade para tratar com tensões físicas, biológicas, psicológicas ou sociais com um sentimento de bem estar e livre do risco de doença ou morte extemporânea A IMPORTÂNCIA DE CUIDAR-SE Sabemos que devemos nos manter equilibrado, para obtermos ganhos em todos os campos, seja no físico, psíquico, social, etc. A saúde deve ser sempre o seu foco principal. Quando você cuida de si mesmo está demonstrando que se ama. Quando você não cuida da sua saúde você está afetando também a sua beleza e o seu bem-estar. Esteja atento com questões que não são comuns em você tanto fisicamente quanto psicologicamente. Existem hábitos que todos nós sabemos o quanto são prejudiciais a sua saúde, como tabaco, excesso de bebida alcoólica, narcóticos, excesso de gordura... Bem, não vou ficar fazendo campanha de saúde aqui, cada um faz o que bem quiser da própria vida, apenas acho que se deve refletir se o que você está fazendo é um ato de amor consigo mesmo. Algumas pessoas acham que exercícios físicos só servem para queimar gordurinhas a mais. Errado! Exercício físico ajuda no metabolismo do organismo, na produção de serotonina (substância cerebral responsável pela felicidade), melhoram o sono, entrem inúmeras outras vantagens. Acho que vale a pena pensar nisso. E também ter um cuidado com a alimentação, afinal o que você come também influencia no seu humor, na sua disposição e na sua beleza. Não estou dizendo que você não possa comer nada do que lhe der prazer, pelo contrário sou totalmente a favor de comer o que se gosta, mas acho que o melhor a fazer é equilibrar o que gostamos com o que nos faz bem. Dormir bem é outra questão fundamental para saúde e para a beleza. Noites de sono mal-dormidas são extremamente prejudiciais ao seu organismo. Afetam a sua concentração, te deixa indisposto, afeta o seu humor, causam olheiras e mais uma porção de desvantagens. NO BRASIL: ONDE É NECESSÁRIO PREVINIR E REMEDIAR No Brasil, na última década, vem se incorporando progressivamente à cultura e à legislação a concepção de que saúde é direito de todos e dever do Estado. Entretanto, as políticas públicas para o setor favorecem a cultura de que a saúde se concretiza mediante o acesso a serviços, particularmente ao tratamento médico. A implementação de modelos centrados em hospitais, em consultas médicas e no incentivo ao consumo abusivo de medicamentos vem resultando, historicamente, numa atenção à saúde baseada principalmente em ações curativas, desencadeadas apenas quando uma doença já está instalada e o indivíduo precisa de socorro. Um passo importante foi dado ao se promulgar a Constituição de 1988, que prevê a implantação do Sistema Único de Saúde — SUS. Conforme definido em lei, o SUS tem caráter público, é formado por uma rede de serviços regionalizada, hierarquizada e descentralizada, com direção única em cada esfera de governo e sob controle dos usuários por meio da participação popular nas Conferências e Conselhos de Saúde. A concepção abrangente de saúde assumida no texto constitucional aponta para “uma mudança progressiva dos serviços, passando de um modelo assistencial, centrado na doença e baseado no atendimento a quem procura, para um modelo de atenção integral à saúde, onde haja incorporação progressiva de ações de promoção e de proteção, ao lado daquelas propriamente ditas de recuperação”. A Constituição legitima o direito de todos, sem qualquer discriminação, às ações de saúde, assim como explicita o dever do poder público em prover pleno gozo desse direito. Trata-se de uma formulação política e organizacional para o reordenamento dos serviços e ações de saúde, baseada em princípios doutrinários que dão valor legal ao exercício de uma prática de saúde ética, que responda não a relações de mercado mas a direitos humanos: • Universalidade: garantia de atenção à saúde a todo e qualquer cidadão. • Eqüidade: direito ao atendimento adequado às necessidades de cada indivíduo e coletividade. • Integralidade: a pessoa é um todo indivisível inserido numa comunidade. A promoção da saúde se faz por meio da educação, da adoção de estilos de vida saudáveis, do desenvolvimento de aptidões e capacidades individuais, da produção de um ambiente saudável. Está estreitamente vinculada, portanto, à eficácia da sociedade em garantir a implantação de políticas públicas voltadas para a qualidade de vida e ao desenvolvimento da capacidade de analisar criticamente a realidade e promover a transformação positiva dos fatores determinantes da condição de saúde. Entre as ações de natureza eminentemente protetoras da saúde, encontram-se as medidas: de vigilância epidemiológica (identificação, registro e controle da ocorrência de doenças), vacinações, saneamento básico, vigilância sanitária de alimentos, do meio ambiente e de medicamentos, adequação do ambiente de trabalho e aconselhamentos específicos como os de cunho genético ou sexual. Protege-se a saúde realizando exames médicos e odontológicos periódicos, conhecendo a todo momento o estado de saúde da comunidade e desencadeando oportunamente medidas dirigidas à prevenção e ao controle de agravos à saúde mediante a identificação de riscos potenciais. As medidas curativas e assistenciais, voltadas para a recuperação da saúde individual, complementam a atenção integral à saúde. No Brasil, a maior parte dos casos de doença e morte prematura tem, ainda hoje, como causa direta, condições desfavoráveis de vida: convive-se com taxas elevadas de desnutrição infantil e anemias e uma prevalência inaceitável de hanseníase, doenças típicas de ausência de condições mínimas de alimentação, saneamento e moradia para a vida humana. Uma realidade de contrastes se espelha, paradoxalmente, na ocorrência de problemas de saúde característicos de países desenvolvidos: as doenças cardiovasculares vêm ganhando crescente importância entre as causas de morte, associadas principalmente ao estresse, à predisposição individual, a hábitos alimentares impróprios, à vida sedentária e ao hábito de fumar. Este quadro sanitário compõe o chamado “duplo perfil de morbimortalidade”, típico dos países denominados em desenvolvimento: convivem hoje, no Brasil, doenças próprias do Primeiro e do Terceiro Mundo. CURIOSIDADES: Pela medicina oriental entende-se a relação dos rins com o medo, dos pulmões com a tristeza e o abandono, do fígado com a raiva, do coração com o desamor, da bexiga com a mágoa, etc. E para que servem as mãos se não for para fazer as coisas que se deve fazer, tocar as pessoas, endereçar-se? E os braços, se não servirem como alavancas para a defesa de seus direitos, da manifestação da sua vontade? E as pernas, se não nos levarem para onde queremos ir? E os pés, se não nos ajudarem na sustentação diante das dificuldades da vida? Nas costas, podem esconder-se os dramas ocultos ou as cargas e as sobrecargas. As articulações endurecidas, o que são, se não o endurecimento e a rigidez? Os problemas digestivos, como as gastrites e as úlceras, finalmente começam a ser encaradas como conseqüência de stress, de um modo de viver equivocado, da ansiedade existencial, da dificuldade de enfrentar as vicissitudes da vida moderna, mas, apesar dos médicos já saberem disso, os tratamentos continuam sendo para o estômago, para o intestino. E o dono do estômago e do intestino?

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